Vendas online durante a pandemia só perdem para Black Friday no Brasil - Juliana Rangel

Vendas online durante a pandemia só perdem para Black Friday no Brasil

Compartilhe:

Que a pandemia mudou o perfil do consumidor no Brasil, isso é fato. O e-commerce não para de crescer e mudou para sempre o hábito de compras. Prova disso é que, mesmo com a reabertura do varejo físico, o comércio eletrônico registrou mais um recorde e julho se consolidou como o terceiro melhor mês da história.

Os dados constam do Relatório Setores do E-commerce no Brasil, um estudo de 126 páginas da consultoria Conversion,, que traz uma análise dos 200 maiores sites de vendas virtuais (no total, 216 lojas) e 15 setores que compõem o cenário do comércio eletrônico no país.

Segundo o relatório, o e-commerce no Brasil alcançou, no último mês, a marca de 1,29 bilhões de acessos, ficando atrás apenas de maio deste ano (auge da pandemia e Dia das Mães) e de novembro de 2019, conhecido como o “natal do comércio eletrônico”, por conta da Black Friday.

O estudo da Conversion mostra que o turismo foi o setor que mais cresceu em julho, com aumento de 29,6% em relação ao mês anterior. No acumulado dos demais setores, o crescimento do comércio eletrônico foi no geral bastante tímido, cerca de 1% nos últimos 60 dias.  

Crescimento dos setores no comércio eletrônico (junho x julho)

Turismo: 29,60%
Esportes: 11,15%
Importados: 5,95%
Moda & Acessórios: 5,84%
Calçados: 4,51%

86% dos brasileiros realizaram compras durante a pandemia

Como suporte aos dados de audiência, a Conversion realizou uma pesquisa de opinião com 395 brasileiros a partir de 18 anos, no final de julho. O nível de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de 4,9 p.p.

Segundo o levantamento, 86% dos brasileiros conectados à Internet realizaram compras durante a pandemia. Sendo que Roupas & Acessórios foi a categoria preferida de presentes.

Canais que mais influenciaram a decisão de compra

No estudo da Conversion, o Google foi o canal que mais influenciou o consumidor a decidir por qual produto comprar. Foi o que afirmaram 63% dos consumidores.

Em segundo e terceiro lugar estão Instagram e Facebook, com, respectivamente, 46,45% e 46,15% de respondentes. O TikTok, rede social que é um fenômeno, influenciou muito pouco (4,44%) as compras pela Internet, mesmo índice do Rádio.



Sobre o estudo

O relatório, que pretende ter frequência mensal, com o objetivo de trazer informações relevantes e grandes insights para profissionais que movimentam o PIB brasileiro por meio do e-commerce.

Enquanto há outros estudos que trazem uma visão geral e econômica, a Conversion entende que faltavam dados táticos e confiáveis para melhor tomada de decisão por gestores e especialistas de marketing e e-commerce.

Por esse motivo, foi criado este estudo com uma abordagem diferente de tudo o que há no mercado, utilizando dados de tráfego (audiência de site) e canais (Google, direto, redes sociais, etc.), a fim de trazer uma base comparativa para os profissionais de vendas.

O relatório está sendo lançado em sua versão beta e, enquanto isso, será gratuito; o objetivo é inspirar empresas no Brasil a crescerem e impactar positivamente a vida dos consumidores.