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Sincovarp, Câmara de Dirigentes Lojistas e Acirp lamentam prorrogação da reabertura do comércio
Compartilhe:O Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (Sincovarp), a CDL Ribeirão Preto – Câmara de Dirigentes Lojistas e a Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) se manifestaram contra as medidas do prefeito Duarte Nogueira, e do governador de São Paulo, João Doria, em prorrogar o fechamento do comércio varejista por meio de novos decretos municipal e estadual.
Em Ribeirão Preto, a suspensão foi prorrogada até dia 27 de abril, porém o Governo do Estado prorrogou para até o dia 10 de maio, o que tudo indica que Ribeirão Preto terá que estender o fechamento do comércio até a data determinada pelo governador.
De acordo com o Sincovarp, a decepção é grande porque na semana passada várias entidades participaram de videoconferência com o prefeito e o secretário municipal de Saúde, Sandro Scarpelini, e os dois sinalizaram a possibilidade de uma flexibilização, ainda que gradual, do funcionamento do comércio varejista e demais atividades empresariais. “Criaram expectativa de preparação para uma retomada”, afirma o sindicato em nota.
O Sincovarp listou as principais dúvidas:
– Se o cenário era favorável à flexibilização, posicionamento este manifestado pelo próprio prefeito e pelo secretário, então porque não reabrir o comércio com regras sanitárias rigorosas?
– Será que a prefeitura, obrigatoriamente, tem de seguir a determinação do governo do Estado?
“Entendemos que é importantíssimo proteger vidas humanas, no entanto, não pode ser levado em consideração apenas esse lado para a tomada de decisões que impactam profundamente as vidas de centenas de milhares de trabalhadores, muitos pais ou mães de família, que precisam trabalhar e batalhar seu sustento. Entendemos que o lado socioeconômico precisa ser considerado com sua devida importância, uma vez que envolve empregos, renda e arrecadação de impostos para o município e o Estado.”
“Se o Brasil não aguenta uma paralisação prolongada, e isso é fato, o município de Ribeirão Preto muito menos. Suspender as atividades empresariais até o dia 10/5, é agravar, ainda mais, a situação do comércio varejista que, em sua maioria, é composto de micros e pequenos lojistas, um dos setores mais atingidos por essa crise. A situação é desesperadora para a maioria dos comerciantes o que nos traz o temor de uma onda de fechamento de empresas e de demissões em massa.”
“Defendemos que o prefeito reconsidere essa prorrogação e imediatamente se reúna com representantes do setor produtivo no sentido de organizar a retomada das atividades empresariais, em especial do comércio varejista, o quanto antes. Defendemos uma volta planejada e que siga rigorosamente as regras sanitárias determinadas pelas autoridades em saúde.”
Posicionamento da Acirp
Já a Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) publicou um texto de repudio a falta de sensibilidade e de organização do Estado quanto ao combate à pandemia de Covid-19 e seus reflexos.
De acordo com a entidade, diante do que pode vir a ser a maior crise global do século, a única medida dos poderes constituídos tem sido a interrupção das atividades do setor produtivo e o isolamento horizontal da população indistintamente. Iniciativas amplamente defendidas e consideradas fundamentais neste momento sejam elas de cunho econômico, social ou de saúde pública – como a testagem da população, renda emergencial e oferta de linhas de crédito especiais – simplesmente não acontecem na prática.
No texto ,a Acirp mais uma vez lamentou a decisão da prefeitura e do Governo do Estado de São Paulo de prorrogar de forma radical os decretos de calamidade pública, sem considerar as características de cada município e região, sem indicar soluções efetivas para mitigar os impactos destas medidas na vida da população, das empresas e de seus trabalhadores e sem indicar perspectivas para que o setor econômico possa se planejar.
Considerações da Acirp
“Em Ribeirão Preto, somente cerca de um mês após a decretação de calamidade pública, o Executivo se dispõe a formar um grupo de trabalho visando discutir sobre a retomada das atividades e a redução dos impactos econômicos e sociais da quarentena. Tal medida, inclusive, somente foi adotada após insistência da ACIRP. Em consonância com outras entidades, temos reivindicado reiteradamente o apoio do setor público para questões socioeconômicas.”
“Já alertamos o poder público que a dificuldade da população menos favorecida em conseguir acesso à renda emergencial é a mesma que as empresas têm tido para obter financiamentos para fluxo de caixa e pagamentos de salários. Iniciativas de prorrogação de impostos apenas adiam em dois ou três meses o pagamento devido, sendo que os estudos mais otimistas apontam que os impactos desta crise para as empresas se prolongarão por pelo menos 18 meses.”
A ACIRP entende que não há conflito entre a defesa da vida e a defesa da economia, uma vez que ambas as linhas estão amplamente ligadas uma a outra. É com os recursos do setor produtivo, na forma de produtos, salários e impostos, que o Estado terá condições de cuidar de pessoas.