Conheça os museus que contam a história do Brasil neste feriado - Juliana Rangel

Conheça os museus que contam a história do Brasil neste feriado

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O portal traz uma relação de nove museus que você pode visitar para conhecer mais a história do Brasil. O levantamento foi feito pelo professor Airton Cavenaghi, do curso de Turismo da Anhembi Morumbi, integrante da rede internacional de Universidades Laureate. Ele lista os nove principais museus espalhados pelo País, que são paradas obrigatórias e mostram acontecimentos ligados à Independência do Brasil e à Proclamação da República, em comemoração feriado de sete de setembro.

Museu Paulista da Universidade de São Paulo  

Conhecido popularmente como Museu do Ipiranga, está localizado no bairro do Ipiranga, na cidade de São Paulo. O espaço nasceu a partir da busca do Estado em legitimar o suposto local da Proclamação da Independência, declarada por Dom Pedro I, em sete de setembro de 1822. No entanto, a criação do Museu é bem tardia, tendo sido inaugurado em 1895. O espaço foi edificado próximo ao marco da Independência, erguido por volta de 1840, pelo então Imperador Dom Pedro II, em homenagem ao momento da proclamação do “Grito do Ipiranga” por seu pai, Dom Pedro I. É composto de uma infinidade de objetos e pinturas e serviu para legitimar a história paulista, acumulando em seu acervo um material muito diversificado, mas com poucos elementos que relembram a presença da Família Imperial. Os vestígios mortais do Imperador D. Pedro I só foram transladados de Portugal para o local em 1972, em comemoração aos 150 anos da Independência do Brasil. Na atualidade, o museu encontra-se fechado para reformas e restauros. Antes de seu fechamento era o museu de maior índice de visitações do País. Ainda assim, o local vale a visita, já que possui um dos parques mais bonitos da cidade, inaugurado em 1922 para as comemorações do centenário da Independência.  

 Museu Imperial

Localizado na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, sua origem remonta a passagem de Dom Pedro I, quando em viagem a Minas Gerais em 1822 para buscar apoio ao processo de Independência. No local foi erguido o Palácio Imperial, por volta de 1850, que se tornou a residência de verão da família real. Após a Proclamação da República, torna-se Museu e possui uma série de objetos ligado a presença da família Imperial no local. Sua atratividade turística resulta da curiosidade do público em relação à época do Império no Brasil.

 Museu da República

Localizado na cidade do Rio de Janeiro, o museu também é chamado de “Palácio do Catete”, pois foi sede da República e local de moradia dos presidentes do Brasil, desde o final do século XIX até 1960, quando a capital federal foi transferida para Brasília. Possui um acervo ligado a presença dos presidentes no local: mobiliário, documentação e iconografia.

 Museu Republicano de Itu

Funciona em um sobrado, localizado na cidade de Itu, em São Paulo, datado de 1850, onde aconteceu, em 8 de abril de 1873, a “Convenção Republicana de Itu”. Representa o marco do nascimento do Partido Republicano Paulista. O museu, que é considerado uma extensão do Museu Paulista, nasceu em 1923 como resultado das comemorações do Centenário da Independência em 1922 e como sustentáculo ideológico do movimento Republicano. Seu acervo relaciona-se com a história paulista, principalmente do interior do Estado, composto por objetos de época e acervo documental.

 Museu da Inconfidência

Localizado na cidade de Ouro Preto, nasceu na década de 1930 por iniciativa do então presidente Getúlio Vargas, para abrigar os restos mortais dos Inconfidentes que morreram no degredo da África durante o século XVIII, quando o Brasil ainda era colônia de Portugal. É considerado o primeiro museu histórico brasileiro fora do eixo Rio de Janeiro-São Paulo. Possui um acervo ligado, principalmente, ao desenvolvimento do cotidiano urbano da cidade de Ouro Preto, em função da inexistência de objetos ligados diretamente ao momento da Inconfidência.

 Museu Júlio de Castilhos – MJC  

Considerado o mais antigo museu histórico do Rio Grande do Sul, está localizado em Porto Alegre desde 1903. Possui uma série de documentos relacionados a presença dos imigrantes na região Sul do País.

 Museu do Homem do Nordeste – Muhne

Ligado diretamente à Fundação Joaquim Nabuco, o Museu do Homem do Nordeste está localizado na cidade do Recife, em Pernambuco. Esta instituição traz a atual interpretação da história, ou seja, a percepção do cotidiano do homem comum. Foi concebido por Gilberto Freyre, na década de 1970, e possui um amplo acervo de documentos e etnografias variadas, que contam a história nordestina revelando a formação da identidade cotidiana da região.  Sua importância resulta dessa interpretação e ajuda a mostrar que a história do País aconteceu também fora do eixo Rio-São Paulo.

 Museu Emílio Goeldi

O também conhecido como “Museu da Amazônia” fica em Belém, no Pará. Considerado um dos mais antigos do Brasil, assim como o Museu do Homem do Nordeste, não é exclusivamente um museu histórico. Ele está associado ao estudo das ciências naturais e humanas da região amazônica. Possui um acervo riquíssimo da fauna e flora da região amazônica, além de acomodar estudos do passado indígena e seus objetos arqueológicos. É um importante centro de referência de estudos e pesquisas nessas áreas desde 1900 e seu nome é uma homenagem ao seu mais ilustre pesquisador, o zoólogo suíço Emilio Goeldi, radicado no Brasil desde 1884.

 Museu Histórico Nacional

Criado no ano do centenário da Independência do Brasil, em 1922, para receber documentos relativos à História do Brasil, este museu fica na cidade do Rio de Janeiro. À época, o Museu Paulista detinha muito dos materiais relacionados ao processo de Independência do País, restando ao Museu Histórico Nacional crescer mediante a doação de documentações privadas relacionadas à História do Brasil. O sucesso desse empreendimento foi enorme, garantindo para gerações futuras a manutenção da memória do País, anteriormente restrita às famílias possuidoras dos documentos. O acervo, principalmente documental, é considerado o mais abrangente do Brasil, com documentos datados desde o século XVI.

 

 

 

Fotos: Divulgação