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Vitiligo: especialista em dermatologia explica sobre a doença que virou assunto nas redes sociais
Compartilhe:No fim de semana, foram divulgados os nomes dos participantes da nova edição do Big Brother Brasil e a integrante do grupo pipoca, de 22 anos, Natália Deodato, fez com que o termo “vitiligo” tivesse um aumento de pesquisas, no buscador do Google.
A mineira é a primeira participante do reality a ter essa condição que, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, em pesquisa realizada em junho de 2019, afeta 1% da população mundial e 0,5% da população brasileira.
Segundo a médica Flávia Villela, especialista em Dermatologia, o vitiligo é uma doença caracterizada pela perda de coloração da pele, devido a destruição de melanócitos, células que formam a melanina e que dão pigmento a cor do nosso corpo.
“Geralmente, ela se desenvolve por tendências genéticas, mas existem indícios, de que a doença tenha origem autoimune e possa ser causada pelas próprias reações do corpo, como por exemplo, condições emocionais de estresse e traumas psicológicos” afirma a médica.
PRINCIPAIS SINTOMAS
Mesmo sendo uma doença, o vitiligo não apresenta qualquer outro sintoma, além das manchas esbranquiçadas, mas o que preocupa, de fato, os dermatologistas, são as condições mentais do paciente diagnosticado com enfermidade.
Para Flávia Villela, como a doença afeta diretamente a aparência das pessoas, é sempre importante buscar um profissional de saúde mental, para que ele possa auxiliar no tratamento da patologia.
“É muito importante frisarmos que o vitiligo é uma doença como qualquer outra, por isso é importante que as pessoas sempre busquem um profissional adequado para que, juntos, possam administrar o tratamento da melhor forma”, diz ela.
Apesar de não existir sintomas, algumas pessoas relatam sentir dores e sensibilidade no local afetado. Quando o vitiligo é detectado, o médico deve classificá-lo entre dois tipos: o segmentar ou unilateral, e o não segmentar ou bilateral.
“O tipo segmentar ou unilateral se manifesta em uma parte do corpo apenas, e costuma aparecer quando o paciente ainda é jovem. Neste tipo, os pelos e cabelos também podem sofrer com perda de coloração. Já o não segmentar ou bilateral, é o que estamos mais acostumados a ver. Ele se manifesta nos dois lados do corpo; Possui ciclos de perda da cor e períodos de estagnação, que ocorrem durante toda a vida do paciente” conclui a especialista.
TRATAMENTOS
A doença é incurável, isso é fato, mas com o avanço da tecnologia no tratamento de doenças, é possível interromper o aumento das lesões na pele. O paciente também consegue, através de medicamentos, induzir à repigmentação das áreas afetadas.
Segundo a especialista, “medicamentos como tacrolimo, derivados de vitamina D e corticosteroides são exemplos de medicações que ajudam no tratamento da doença. Outros métodos que possuem resultados excelentes, são as sessões de fototerapia com radiação ultravioleta.”
Outras opções de tratamento são a fototerapia com ultravioleta A (PUVA), técnicas cirúrgicas ou até mesmo transplantes de melanócitos. “É importante também que o paciente não acredite em medicamentos ou procedimentos milagrosos, como sabemos, a doença é incurável, e utilizar esses métodos podem causar frustração e agravamento da doença”, relembra Flávia Villela.