Com roteiro criativo e poético, abertura da 21ª FIL teve música, teatro e leituras de cartas “enviadas pelo Brasil” - Juliana Rangel

Com roteiro criativo e poético, abertura da 21ª FIL teve música, teatro e leituras de cartas “enviadas pelo Brasil”

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Na noite da última sexta-feira, 19, foi oficialmente aberta a 21ª Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto, considerada como um dos maiores eventos culturais do país, que segue até o próximo dia 28. Mais informações e a programação completa da FIL na plataforma:  https://www.fundacaodolivroeleiturarp.com/

Entre convidados, autoridades locais, regionais e estaduais, imprensa, representantes das entidades parceiras e público em geral, a solenidade teve recepção ao público com o Coral da Unaerp sob regência de Cristina Modé, e apresentação do espetáculo “Terra Brasílis: toda esta poesia!”, com a Academia Livre de Música e Artes (Alma).

A presidente da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, Dulce Neves; juntamente com Adriana Silva, curadora do evento e vice-presidente da Fundação, conduziram o cerimonial de abertura da FIL, que começou de forma criativa e poética, com leituras de cartas enviadas pelo Brasil a realizadores e participantes da feira, homenageados e ao público em geral, com participação da cantora Fernanda Marx e do ator Marcelo Evangelisti no papel de carteiro da cerimônia.

Em sua fala, Dulce Neves pontuou o desafio que representa a ousadia de fazer cultura num Brasil tão contraditório. Adriana Silva convidou o público a se sentir inspirado pela genialidade de Ariano Suassuna e pela convocação de Carolina Maria de Jesus contra a fome e a intensificar as identidades culturais brasileiras por meio dos livros de Daniel Munduruku.

Na primeira parte da solenidade, João Suassuna, neto mais velho do escritor Ariano Suassuna – um dos homenageados desta edição da feira -, destacou a importância da celebração da língua e da literatura brasileira; enquanto o escritor indígena Daniel Munduruku reforçou a força da diversidade cultural brasileira.

“O Brasil não é uma coisa e tem muito a dizer com sua diversidade. Tenho muito orgulho por representar aqui as vozes de origem deste país que precisa se reconciliar com seu passado para, depois, dar passos adiante”, falou Daniel.

A professora Isabel Cassanta, também homenageada do evento, agradeceu e enfatizou a relevância da FIL para a formação de novos leitores. O autor local homenageado, o poeta João Augusto, agradeceu a reverência ao seu nome e destacou da pluralidade da linguagem e disse que a principal função da palavra é o amor.

Na segunda parte, a superintendente da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, Viviane Mendonça, agradeceu à equipe formada por mais de cem profissionais que fazem a engrenagem do evento funcionar. “Muito feliz por estar aqui depois de tanta preparação para esse encontro”, falou Viviane. Marcela Aleixo da Silva Zapparolli, dirigente regional de Ensino, ressaltou o impacto positivo e o diferencial que a FIL promove na vida dos estudantes de Ribeirão Preto, especialmente, crianças, adolescentes e jovens.

Mauro César Jensen, gerente do Sesc Ribeirão Preto, entidade parceira da FIL desde 2015, também fez uso da palavra. “É um prazer e uma oportunidade ímpar para o Sesc poder trazer ao público da FIL uma amostra do que fazemos durante o ano todo”. O CEO da GS Anima Ambient, Paulo Roberto Oliveira representou todas as empresas parceiras da feira.

“A FIL mostra que fazer melhor em prol da cultura sempre é possível quando se acredita que vale a pena e, durante dez dias, transforma a cidade de Ribeirão Preto na capital nacional do livro, com programação diversificada e acessível a todos os públicos. Entendemos que iniciativas no universo da cultura, da arte e da educação para adultos, jovens e crianças, contribui decisivamente para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e com o desenvolvimento de nossa cidade”, sublinhou Paulo Roberto.

O prefeito de Ribeirão Preto, Antônio Duarte Nogueira Júnior lembrou o quanto a retomada presencial da FIL foi desejada após dois anos de suspensão por conta da pandemia do Coronavírus e destacou a importância da palavra. “A palavra é criadora, formadora e transformadora. A literatura é a essência da existência da humanidade e quanto mais ela for valorizada, mais próximo da justiça, da equidade e da pluralidade estaremos em nossa cidade”, enfatizou o prefeito.

No encerramento, Sérgio de Sá Leitão, secretário estadual de Cultura e Economia Criativa, representando o governador do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia afirmou que é uma honra para o Governo do Estado Paulo apoiar a Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto, por meio do ProAC, um dos programas de fomento à cultura e à economia criativa mantidos pelo governo estadual.

“E é fundamental que um evento como esse ocorra dessa maneira tão magnífica e tão brilhante porque sabemos que o livro e a literatura nos elevam, nos fazem pessoas melhores, nos enriquecem espiritualmente e intelectualmente e são transformadores”, finalizou Sá Leitão.

Também estiveram presentes o presidente da Fundação Dom Pedro, Nicanor Lopes; o secretário municipal de Educação, Felipe Elias; a secretária municipal de Cultura e Turismo, Isabella Pessotti; a superintendente da Fundação Instituto do Livro, Cristiane Bezerra; o coordenador editorial da Edições Sesc, Francis Mazoli; o assistente de Literatura da Gerência de Ação Cultural do Sesc São Paulo, André Dias; e o gerente adjunto do Sesc de Ribeirão Preto, Lucas Molina.