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Instituto Geração Inclusiva traz a inclusão de pessoas com deficiência com mais de 200 voluntários envolvidos
Compartilhe:Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) do ano passado, existem 17,2 milhões de pessoas com deficiência no Brasil, o que representa aproximadamente 8,4% da população. Pensando nesses índices e partindo dos princípios de igualdade, representatividade, inclusão e acessibilidade, o Geração Inclusiva deu um salto em projetos, desde fóruns a eventos culturais, atingindo mais 1.500 pessoas em 2022.
Foram 9 fóruns em Ribeirão Preto e região no ano passado, além de uma edição com encontro virtual. O movimento que traz a acessibilidade e inclusão como protagonistas, conta com um trabalho de voluntariado e também parcerias sociais e patrocínio de empresas nas ações desenvolvidas.
Agora em 2023, a expectativa é ainda maior. O instituto vai promover ao longo desse ano 12 eventos com palestras, debates e apresentações artísticas. O intuito é fortalecer a inclusão, a interação de pessoas com várias características.
A fundadora e presidente do Instituto Geração Inclusiva, Viviane Martini, explica que “o principal objetivo do Geração Inclusiva é levar informação, conscientização e convivência porque eles são a base da inclusão, junto com a acessibilidade, que é a base para isso. Nas diferenças que a gente cresce.’’
Como surgiu o Geração Inclusiva
Antes de embarcar nesta missão, Viviane estava em um processo de transição de carreira, quando acreditou que a representatividade da mulher seria o novo caminho. Ela pensou em fóruns para falar com mulheres sobre políticas públicas, maternidade, profissão e outros temas.
No primeiro fórum em setembro de 2021, Viviane conheceu Sirlene Lima em Ribeirão Preto, uma mulher com a perna amputada devido a um acidente de carro, em que perdeu seu marido.
Durante o debate, elas trocaram opiniões e vivências sobre o alto custo das tecnologias assistivas, que são todas que melhoram a qualidade de vida da pessoa com deficiência. E neste processo entendeu as dificuldades de inclusão. Um exemplo que Sirlene usou foi a questão das próteses gratuitas não tão adequadas e mais dificuldades enfrentadas por pessoas amputadas no país.
Isso não só despertou o interesse de Viviane na acessibilidade, seus grupos, terceiro setor e informação, como também a vontade de se aprofundar cada vez mais, mesmo sendo uma frente natural para ela, que já vivenciava a inclusão de pessoas com deficiência de perto na família. Desse olhar diferente para a inclusão criou-se o Movimento Geração Inclusiva.
Em dezembro do mesmo ano e com o salto do movimento, veio a mudança de nome para Geração Inclusiva. E, retomando os eventos, surgiu o convite de levar o projeto para dentro do SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) em maio de 2022.
‘’Esse acontecimento marcou o crescimento do Geração Inclusiva. Nós conseguimos fazer um evento maior com mais de 200 pessoas participando e pessoas de cidades vizinhas assistindo para levarmos para outras regiões’’, conta a ativista.
Em Ribeirão Preto, foram 6 edições, sendo 5 presenciais (3 fóruns, 1 festival e 1 confraternização inclusiva em parque aquático, no Magic Gardens, outra parceira do instituto) e 1 fórum online, além de outros 3 eventos na região, passando por Mococa, Sertãozinho e Pontal. Os encontros impactaram em mais de 1.500 pessoas com todas as características durante o ano de 2022, tendo o voluntariado, patrocínio e apoio como pilares do projeto.
“Incluir é um desafio diário e vivemos isso com o Instituto Geração Inclusiva. Trabalhamos com a diversidade humana, pois é convivendo com as diferenças que mais aprendemos. Foram mais de 200 voluntários neste período, pessoas que se entregaram de corpo e alma pela causa, e são extremamente gratos pela oportunidade. Continuaremos firmes em nosso propósito de dar voz a quem não tem, levando informação, conscientização e convivência’’, comenta Viviane.
Olhar cultural para eventos
Com a expansão e reconhecimento do Geração Inclusiva, os fóruns trouxeram uma novidade: a apresentação artística, além dos painéis de debate com profissionais da área com deficiência ou não.
Essa sensibilização do público, trazendo o lado mais humano, também permitiu que pessoas de várias características participassem do evento e apresentações, desenvolvendo de fato a inclusão.
No fórum realizado em Mococa, por exemplo, parcerias fizeram toda a diferença como a FATEC (Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo) e todo o Centro Paula Souza que abraçaram a iniciativa, com o apoio do SESI no interior de São Paulo, que combinaram as redes para receber o evento de inclusão.
Pouco mais tarde em Sertãozinho, mais um fórum de sucesso aconteceu com espaço cedido pela Câmara Municipal da cidade e em torno de 200 pessoas marcaram presença, reforçando o olhar cultural para os eventos de inclusão e acessibilidade.