Bloco Califórnia 2024: 7ª edição do evento conta com abadás personalizados e camarote - Juliana Rangel

Bloco Califórnia 2024: 7ª edição do evento conta com abadás personalizados e camarote

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Organizador falou sobre planos futuros, incluindo projetos de expansão discutidos para proporcionar uma experiência ainda mais incrível aos foliões

Em entrevista, Igor Lopes, organizador do evento compartilhou detalhes sobre a evolução desde a primeira edição até os dias atuais.

Kléber Fernandees: Igor, para quem não conhece o Bloco Califórnia, como ele funciona?

Igor: Então, o Bloco Califórnia começou como um carnaval de rua. Tornou-se o maior evento de carnaval do interior, com até 80 mil pessoas nas ruas durante o carnaval de 2018. Conforme cresceu, recebemos muito apoio da prefeitura. No entanto, não faz mais sentido realizá-lo nas ruas, pois a cultura de carnaval de rua em Ribeirão estava sendo resgatada, mas não do jeito que imaginávamos. Não estava mais tão divertido como esperávamos, então decidimos mudar o evento e levá-lo para dentro do estádio do Comercial.

Kléber: Que legal proporcionar à comunidade de Ribeirão, especialmente para aqueles que não têm a oportunidade de sair da cidade, né?

Igor: Exatamente! Faltam opções de lazer e carnaval na nossa cidade, e a ideia do Bloco Califórnia é resgatar a vivência do carnaval de rua em Ribeirão Preto.

Kléber: Vocês estão prontos para abrir o calendári de eventos em Ribeirão Preto, sendo o maior pré-carnaval da cidade em 3 de fevereiro?

Igor: Com certeza, é uma grande responsabilidade abrir esse circuito de eventos em uma cidade conhecida por grandes projetos. O Bloco Califórnia se orgulha de ser um dos maiores eventos da cidade, atraindo mais de 150 excursões de diversas cidades da região.

Kléber: E para o ano de 2024, quais são as atrações confirmadas, Igor?

Igor: Para 2024, estamos trazendo um lineup incrível, talvez um dos melhores que já montamos. Contaremos com a presença do Terra Samba, que está completando 32 anos de estrada. Temos o DJ Blake para animar a juventude no final da noite.

Kléber: E quanto à faixa etária para participar? Há alguma restrição?

Igor: Como viemos de um evento de rua, a ideia é que qualquer pessoa que queira participar possa. Até os 16 anos, é necessário ir acompanhado dos pais, e a partir dos 16, a pessoa pode ir com o responsável legal. Acima dos 18, a folia é para todos.

Kléber: Igor, como foi o processo de seleção dos artistas para este ano?

Igor: A curadoria do Bloco Califórnia é um processo longo que começa em agosto. Procuramos atrações que façam sentido para o evento, considerando que o ticket médio é acessível. Tentamos trazer artistas de axé nostálgicos, grandes nomes que atraem o público jovem, como o DJ Blakes, e outras escolhas que remetam aos grandes momentos do carnaval em Ribeirão.

Kléber: É legal, ele começa à tarde e vai até a noite, né?

Igor: Isso, começamos às três da tarde, quando o sol está um pouquinho mais baixo, permitindo que todos possam curtir o trio de maneira mais segura. Vamos até à meia-noite, totalizando 9 horas de evento.

Kléber: São dois trios simultâneos?

Igor: Isso, temos dois trios que ficam parados das três até às 16h, para que as pessoas possam se acomodar e entender como funciona o evento. A partir das 16h, eles começam a se movimentar sem parar até as 22h, indo em direções opostas. Assim, as pessoas podem escolher qual estilo de música querem ouvir, acompanhando o trio que preferirem. É um evento que não para, é cíclico, gostamos de criar uma experiência com movimento, onde as pessoas conversem, andem e conheçam novas pessoas.

Kléber: Vocês estão na 7ª edição do Bloco Califórnia, certo? Desde a primeira edição até hoje, houve várias mudanças. Pode fazer um breve resumo dessas mudanças e melhorias para chegar onde estão hoje?

Igor: Perfeito, começamos em 2017, meu primeiro evento na empresa quando eu tinha 19 anos. Iniciamos com um pré-carnaval na praça da bicicleta, recebendo uma oferta do patrocinador antigo. O evento foi bastante corrido, mas conseguimos reunir 25 mil pessoas em um mês. Desde então, temos evoluído e crescido.

Kléber: E sobre a novidade para 2024, o camarote, como vai funcionar?

Igor: Sim, sempre quisemos representar o carnaval de rua, mas com o tempo, nosso público ficou mais velho e evoluiu. Introduzimos o camarote como uma opção mais reservada e tranquila para quem busca uma experiência mais exclusiva. O camarote possui entrada separada, bar próprio, garçons e garçonetes dedicados, além de uma área elevada para permitir uma visão privilegiada do trio. Também oferecemos combos de bebidas exclusivos no camarote, proporcionando uma experiência mais premium e segura, já que conseguimos controlar as garrafas de vidro. Além disso, o espaço é coberto, proporcionando conforto aos participantes que preferem evitar o sol ou uma garoa no final da noite.

Kléber: E também o diferencial para este ano é o abadá, né?

Igor: Isso, há muitos anos trabalhamos com uma lojinha do evento, mas este ano foi a primeira vez que fizemos a lojinha em parceria com alguns parceiros. A lojinha representa o que é o Bloco Califórnia para nós. Todos os produtos são feitos pelas mesmas pessoas que criam a identidade visual do evento e as artes. O abadá está sendo vendido desde a abertura do evento. É um abadá personalizado do Bloco Califórnia, feito com a identidade do bloco, para que todos possam se vestir como parte do bloco e apreciar nossas artes e comunicação. Além disso, temos a caneca cônica de 700 ml em duas cores, tirante, viseira e óculos de sol, todos disponíveis na lojinha.

Assista a entrevista completa no nosso canal do Youtube:

Kléber: Vocês têm planos de expansão, como mudar do estádio do Comercial para o Parque Permanente de Exposições, por exemplo? Como estão esses projetos futuros?

Igor: Spoilers! Mas é uma coisa que discutimos bastante. Embora seja uma vontade nossa, não queremos descaracterizar o evento. Para conseguirmos fazer da forma que gostamos, gostaríamos de ter um espaço onde podemos rodar com os trios e manter aquela atmosfera de carnaval de rua. Também queremos manter o evento acessível para muitas pessoas. Apesar de o Parque Permanente de Exposições ser um grande espaço, às vezes fica distante para algumas pessoas. No Comercial, estamos no coração da cidade. Temos projetos e estudos para aumentar o público de maneira segura no estádio do Comercial, o próprio estádio. Acho que dá para entender mais ou menos, mas não gostaria de entrar muito nesse assunto, pois é uma questão interna para nós. Mas o campo é grande o suficiente para abrigar muitas coisas lá.