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Vacinação contra covid-19 deve ser mantida, afirma infectologista
Compartilhe:Ministério da Saúde recomenda o prazo de seis meses entre as vacinas para o grupo de pessoas com problema no sistema imune e revacinação anual para a população em geral
Atualmente, há um grande impasse por parte da população em relação à continuidade do plano de vacinação para combater a covid-19, ou seja, muitos ainda têm dúvida se devem continuar se vacinando. Devido ao tempo de durabilidade da proteção e ao intervalo ideal entre as doses serem incertos, o Ministério da Saúde recomenda para o grupo de pessoas que possuam problemas com o sistema imune, idosos e gestantes, o prazo de seis meses entre as vacinas, visto que o efeito tende a ser menor para esses grupos se comparado aos demais; já para a população em geral, é recomendada uma revacinação anual.
Por ser uma doença recente, ainda não é possível ter um domínio total sobre o vírus. “A cada dia que passa, estamos aprendendo com ele. É natural que esse plano de vacinação se modifique com o tempo e a gente espera que, com mais informações, a gente possa chegar a um esquema mais apropriado”, informa o professor Fernando Belíssimo Rodrigues, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP. Com isso, diz o professor, as recomendações estão sujeitas à alteração conforme avançam as pesquisas.
Mesmo com o fim da pandemia decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), as vacinas contra o vírus sars-cov-2 continuam sendo produzidas e distribuídas nos postos de saúde. Segundo Belíssimo, o Programa Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde, dispõe de cinco tipos de vacina contra a covid: Coronavac, Astrazeneca, Jansen e a vacina da Pfizer, que se subdivide em monovalente e bivalente.
Com as novas variantes da covid-19, como a Ômicron, Belíssimo explica que naturalmente “estamos sempre um passo atrás do vírus devido às frequentes mutações”. Sendo assim, as vacinas estão sempre desatualizadas em relação às mutações que estão circulando, entretanto, o professor garante que, ainda assim, elas diminuem a gravidade da doença.
Cepas identificadas
Desde o primeiro caso de covid-19, em 17 de dezembro de 2019, surgiram diversas mutações em todo mundo. No ano de 2020, as variantes Alfa, com origem no Reino Unido, a variante Beta, na África do Sul, e a Delta, com surgimento na Índia, foram as principais identificadas. Em 2021, a variante Ômicron, também na África do Sul, além de ser mais contagiosa, desencadeou novas restrições. O Brasil também já foi vítima do surgimento de novas mutações: a variante Gama surgiu em Manaus no ano de 2021 e recentemente a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificou a subvariante Pirola em Pernambuco. Além do Brasil, outros países da América do Sul, como Peru e Colômbia, já sofreram com a identificação de cepa. Ásia, Japão e Filipinas também tiveram novas variantes.