Grupo Educacional Oswaldo Cruz recebe aporte de R$ 5 milhões e dívidas começam a ser quitadas - Juliana Rangel

Grupo Educacional Oswaldo Cruz recebe aporte de R$ 5 milhões e dívidas começam a ser quitadas

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Pagamentos começam nesta sexta-feira, 12 de fevereiro, e virão de um empréstimo ponte de R$ 1,5 milhão, seguido de um DIP Financing de R$ 3,5 milhões estruturados pela Triunfae, empresa que assumiu a gestão do grupo em janeiro

O grupo educacional Oswaldo Cruz, que está no processo de recuperação judicial desde 2022, inicia nesta sexta-feira, 14 de fevereiro, o pagamento de salários de professores e colaboradores, que somam R$ 1,2 milhão. O aporte vem da aprovação de um fundo de investimentos para um empréstimo ponte de R$ 1,5 milhão, seguido de um DIP Financing de R$ 3,5 milhões.

O empréstimo ponte tem como garantia os recebíveis dos cursos de pós-graduação e o DIP Financing, dois imóveis dados em Alienação Fiduciária. Esse aporte é o início da reestruturação do grupo, assumida no último dia 20 de janeiro pela Triunfae. “Esse primeiro aporte será suficiente para quitarmos a folha de pagamento competência janeiro dos docentes e demais colaboradores da Faculdade Oswaldo Cruz, além dos atrasados de 2024”, explica André Rocha, sócio fundador da empresa que está integralmente na gestão da Faculdade Oswaldo Cruz.

Esse acordo com o corpo docente foi homologado na última terça-feira, 12, depois de uma Assembleia Geral do Sindicato dos Professores de São Paulo (SINPROSP). O grupo educacional se comprometeu em pagar imediatamente 30% dos atrasados de 2024, incluindo o 13º salário, e 100% da folha de pagamento de docentes referente ao mês de janeiro, até esta sexta-feira, 14 de fevereiro.

Na Assembleia geral também foi aprovado pelo corpo docente, o pagamento de 70% do restante em atraso de 2024 no encerramento do leilão de oito imóveis localizados na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, avaliados em R$ 104 milhões.

A medida faz parte do plano de recuperação judicial para pagar credores. As dívidas acumuladas são de R$ 63 milhões. O centenário Grupo Oswaldo Cruz pediu recuperação judicial em 2022.

Com a aprovação em Assembleia Geral, professores do Ensino Médio já retornaram as atividades no dia 10 de fevereiro e da Graduação o retorno será no dia 24 de fevereiro.  

Ainda de acordo com André Rocha, além desse aporte emergencial desta semana, o DIP Financing de R$ 3,5 milhões, será liberado em aproximadamente 30 dias e irá garantir o pagamento pontual das folhas futuras de professores e colaboradores. “Além disso, todo o passivo acumulado até o momento, incluindo salários em atraso, multas e encargos, será pago à vista com a finalização do leilão dos imóveis”, afirma.

Para o advogado do Grupo Oswaldo Cruz, Marco Aurélio Mestre Medeiros, sócio do Mestre Medeiros Advogados, esse é o primeiro passo para a reestruturação da empresa. “Nós estamos reorganizando e enxugando as contas, dando confiança para o mercado e para o principal ativo da empresa, que são os seus colaboradores e corpo docente”, finaliza ele.

Porta voz da Triunfae:

André Rocha é sócio-fundador da Triunfae, especializada em turnaround e reestruturação, é bacharel e MBA em Administração e Mestre em Direito dos Negócios. Vice-presidente do Instituto Brasileiro de Rastreamento de Ativos (IBRA). Foi coordenador acadêmico internacional do Instituto Brasileiro da Insolvência (IBAJUD). Membro do Comitê de Agronegócio da Turnaround Management Association (TMA), da Insol International e do Instituto Iberoamericano de Derecho Concursal (IIDC) e da American Bankruptcy Institute (ABI). Palestrante em diversos eventos nacionais e internacionais e professor em cursos de pós-graduação. Consultor do Banco Mundial. Autor do livro “O Combate à Fraude na Recuperação Judicial”, lançado no Brasil em novembro de 2024 pela editora Thomson Reuters.

Porta voz da Mestre Medeiros:

Marco Aurélio Mestre Medeiros é especialista em recuperação judicial, com graduação em Direito e mais de 15 anos de experiência na área. Sócio do escritório Mestre Medeiros Advogados, assessor jurídico de empresas em processos de reestruturação financeira, membro da Comissão Especial de Recuperação Judicial, Falência e Empresas em Crise do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Juliana Rangel
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