Respirar pela boca? Entenda como isso afeta dentes, sono e desempenho intelectual - Juliana Rangel

Respirar pela boca? Entenda como isso afeta dentes, sono e desempenho intelectual

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Dentista da Hapvida+Odonto afirma que uma respiração adequada é essencial para o equilíbrio de todo o corpo

Respirar pela boca pode parecer inofensivo, mas esse hábito, quando constante, é um sinal de alerta para a saúde. A respiração bucal geralmente ocorre devido a obstruções no nariz causadas por rinite, desvio de septo, aumento das adenóides ou amígdalas, dentre outros fatores. A dentista da Hapvida+Odonto, Naila Martelozo, explica que o problema, muitas vezes silencioso, pode começar na primeira infância e trazer consequências para a qualidade de vida em geral.

“A respiração pela boca não é só um detalhe estético ou comportamental. Ela afeta o crescimento do rosto, o alinhamento dos dentes e pode causar alterações funcionais importantes, como ronco, cansaço durante o dia e dificuldade de concentração, especialmente em crianças”, enumera. A dentista ressalta que muitos pais demoram a perceber que os filhos são respiradores bucais e, com isso, o problema avança sem tratamento adequado.

Os sinais físicos de quem respira pela boca incluem boca aberta em repouso, lábios rachados, olheiras constantes, rosto alongado, mordida aberta e céu da boca estreito. Já os sintomas funcionais podem envolver voz anasalada, mau hálito, sono agitado e até dificuldades escolares. “É comum que crianças respiradoras bucais apresentem baixo rendimento e sejam confundidas com casos de TDAH. Por isso, um diagnóstico correto é essencial”, alerta a dentista.

Casos crônicos
Em casos crônicos,
o impacto pode ser ainda maior. Além da má-oclusão dentária, pacientes podem desenvolver postura incorreta, fadiga diurna e problemas na fala. “Quando o corpo não recebe oxigênio da forma ideal, ele compensa de várias maneiras – e isso pode comprometer desde o sono até o desempenho físico e intelectual porque a pessoa tem dificuldade de se concentrar”, acrescenta Naila.

O tratamento é multidisciplinar e deve envolver dentista, otorrinolaringologista, fonoaudiólogo e fisioterapeuta. E pode incluir aparelhos ortodônticos, terapias, medicamentos e, em casos mais graves, cirurgia. “Cada caso é único e o sucesso depende da avaliação precisa e da colaboração entre os profissionais de saúde”, reforça a especialista.

Respirar bem é viver bem
O importante é não ignorar os sinais. “Se você, seu filho ou alguém próximo apresenta respiração ruidosa, sono agitado ou mantém a boca aberta com frequência, procure orientação especializada. A respiração é um ato automático, mas ela diz muito sobre a nossa saúde. Respirar bem é viver melhor”, finaliza Naila Martelozo.

Juliana Rangel
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