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Economia: Franca tem mais de 630 microempreendedores artesãos
Compartilhe:Iniciativas como a Feira de Quem Faz, que será realizada em dezembro, ajudam a estimular o segmento
Seja objetos de decoração feitos em couro, madeira, bambu, palha ou ainda itens em cimento, gesso, vidro e metal. Tem também bijuterias, materiais em papel e papelão e artigos de moda, além de produtos naturais e gastronomia. O fato é que a demanda por produtos feitos à mão cresceu e com eles, centenas de pessoas empreendendo no artesanato e movimentando a economia criativa. Dados do Sebrae mostram que, até outubro, Franca possuía 634 artesãos cadastrados como microempreendedores individuais (MEIs).
“Os artesãos fazem parte do que se chama de economia criativa e ela desempenha um papel importante no desenvolvimento econômico, na geração de emprego e renda familiar, na inovação e promoção da diversidade cultural. A economia criativa valoriza a expressão individual, o empreendedorismo cultural e a capacidade de transformar ideias em produtos e serviços comerciais”, ressalta Beto Laureano, promotor da Feira de Quem Faz, iniciativa que reunirá 70 artesãos em uma feira de Natal em dezembro.
Segundo o levantamento, mais da metade dos profissionais do segmento é do sexo feminino. São 415 mulheres diante de 219 homens que atuam com muita inovação e criação, na transformação de produtos. Os dados revelam ainda que a maior parte dos artesãos está envolvida na produção de produtos com pelos, adornos, plumas, flores e frutas artificiais e artigos para festa (182), seguido de produtos em couro (133) e têxtil (81).
A empreendedora Vanessa Moreira produz roupas femininas consciente
“Os artesãos em Franca abraçam a diversidade de nichos que enriquecem nossa cultura. Há desde artesanato, moda, gastronomia e decoração. Muita gente de talento que é movida pela paixão de empreender e transformar ideias em realidade”, destaca Beto, que já realizou outros eventos para promoção de artesãos.
Para ele, a economia criativa tem ganhado destaque em muitas economias ao redor do mundo em razão do papel que desempenha. No Brasil, só no ano passado, o setor representou aproximadamente 3% do Produto Interno Bruto (PIB) e movimentou cerca de R$ 50 bilhões, de acordo com dados do Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiros (Sicab).
“É importante ressaltar que a economia criativa é um movimento inovador que une arte, cultura e negócios, incentivando a colaboração, a inovação e o impacto social positivo na comunidade. Os artesãos são o coração pulsante da economia local e criativa, cada um deles traz uma história única e inspiradora”, revela.
A artesã Marina Peliciari produz e vende vasos de cimento
Feira de Quem Faz
Para acompanhar esse ritmo crescimento e incitar os empreendedores artesãos e, consequentemente, a economia criativa, algumas ações são primordiais. Foi aí que surgiu a ideia de criar a Feira de Quem Faz, como plataforma para divulgação dos produtos, venda direta aos clientes e networking.
“A feira é voltada para os pequenos empreendedores mostrarem seus produtos e serviços, que podem variar de artesanato, alimentos gourmet, além de roupas e calçados. Estamos oferecendo uma oportunidade de crescimento e aprendizado que pode ser fundamental para o sucesso de empreendimentos locais criativos”, diz Beto, que promove o evento juntamente com o personal organizer Eri Silva.
A Feira de Quem Faz será realizada no dia 16 de dezembro, no Galpão da MacBoot, em Franca e reunirá 70 marcas, além de praça de alimentação e apresentações artísticas. A entrada é gratuita. Mais informações no Instagram feiradequemfaz