Naza: Conheça a drag queen que participou do reality Drag Race Brasil - Juliana Rangel

Naza: Conheça a drag queen que participou do reality Drag Race Brasil

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Naza é um drag performer, DJ brasileiro e um dos competidores da primeira temporada do Drag Race Brasil 

Direto de Monte de Santo, Minas Gerais, Naza participou do reality Drag Race Brasil. Ela montou seu look inspirado em várias referências. Naza gosta de manter seu jeito alegre e debochado, sem querer dar muitas informações da origem do seu nome.

Kléber: Você morou aqui em Ribeirão, não é? Saiu da cidade recentemente, há poucos meses?

Naza: Isso, por conta do trabalho mesmo. A demanda está um pouco maior e precisando fazer bastante trabalho em São Paulo. Precisei sair daqui, mas tenho esperança de voltar um dia.

Kléber: E como é costurar, além de fazer cantar e dançar? Como funciona também fazer a caracterização?

Naza: Quando você faz com amor, você acaba fazendo para a vida então. Eu não me canso de fazer, sabe? Sempre que posso, estou produzindo. Quero viver da arte, fazer um pouco de tudo.

Kléber: E aproveitando, você sempre quis estar na arte, sempre quis estar ligado com a arte. Como começou a sua trajetória?

Naza: Desde criança. Minha brincadeira era colocar meus amigos em casa para me assistir. Tipo, eu lembro que eu arrancava o colchão e usava para ser o meu palco. E a brincadeira era essa, meus amigos me assistirem. E aí eu fazia coisas de teatro. Eu sempre gostei de brincar com essas coisas de teatro, pra mim, né? Eu faço desde criança, eu amo.

Kléber: E me explica o que é o reality para quem não sabe como funciona.

Naza: Eu participei do programa que chama Rupaul´s Drag Race, só que é a versão brasileira, então virou Drag Race Brasil. É um Reality Show de drag queens e éramos 12 e a gente tinha desafios semanais, na verdade tinha dois, né? Que tinha um mini desafio no começo do episódio e o desafio master que era no final, e era tipo diversas coisas. Como eu te disse, drag é arte, então era tudo. No primeiro episódio, a gente já teve que fazer de tudo. A gente teve que escrever uma música, gravar música e gravar um clipe.

Kléber: E como funciona a inscrição?

Naza: Éum programa gigante, a gente, né? Tem um negócio lá de fora, e olha para cá, então você vê um negócio gigante. E aí eu olhava nas minhas coisas assim, gente, mas eu não tenho uma coisa boa para usar para fazer um vídeo. Eu vou ter uma coisa boa para usar no programa. Aí, meu amigo foi lá em casa, me ajudou a terminar de fazer uma seleção, uma das partes da seletiva. E aí, consegui entrar.

Kléber: E como foi a sua estabilidade para sair de Minas? Como foi o seu começo?

Naza: A drag se tornou uma parte da minha vida, uma forma de viver, sabe? Graças a Deus, consigo me estabilizar e ter minhas coisas fazendo minha drag, entendeu? Mas não era assim. A drag, para mim, era uma diversão, minha amiga dizia “vamos sair montadas hoje para beber, vamos”, porque trabalhar que eu não conseguia nada, então, eu era de Minas Gerais, mas na cidade era muito pequena, na cidade mais próxima era aqui em Ribeirão Preto, cidade grande, né? Tipo assim, cara, eu quero sair daqui, não dá para ficar aqui. Eu quero expandir, eu quero lugares maiores e tudo mais. E aí eu consegui tipo passar na faculdade de moda, aqui meus pais me ajudaram, aí eu vim fazer faculdade de moda aqui. E aí aqui eu comecei a me montar.

Kléber: E em relação a você começar a se montar aqui em Ribeirão, em tudo, você sentiu que a cidade te acolheu, o público te acolheu, você sentiu um pouco de rejeição do pessoal ou não?

Naza: Não. Como eu disse, eu acho que minha dedicação e meu compromisso em tentar entregar algo bom, eu acho que isso, né, traz essa admiração das pessoas, então, tipo assim, as pessoas gostavam muito da minha drag, sim. Eu tinha um retorno muito bom, era só umas casas que não contratavam.

Confira a entrevista completa:

Kléber: Teve muita briga entre as drags no reality?

Naza: Olha, eu acho que o mais difícil era estar longe de casa, acredita? Porque eu me sentia pronto para tudo ali, entendeu? É uma coisa que eu sempre sonhei, que eu sempre fiz, então eu estava só exercendo isso. Tipo assim, eu não tinha muito medo das coisas. Eu só estava vivendo. Uma coisa que as meninas falavam bastante de mim lá, que até foi às vezes confundido, né, é por elas, que eu realmente estava me divertindo ali, entendeu? É óbvio que a gente quer entrar no programa para ganhar e tudo mais, mas esse não era só o meu ponto ali. Eu queria me divertir. É um Reality Show, né?