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Dj Carol Mello fala sobre os desafios da mulher inserida no meio musical
Compartilhe:Artista tem um destaque em seu set totalmente diferenciado e promete uma experiência totalmente diferenciada e inesquecível em seu show
A Dj Carol Mello, ribeirãopretana sempre teve a música como paixão. Sempre via amigos tocando, tinha muita curiosidade e vontade de aprender. Então começou a estudar sobre e se apaixonou cada vez mais pela música. Assim, com muito estudo e dedicação deu início à sua carreira de DJ, levando alegria através dos seus sets.
CONFIRA:
Kléber: Quero que você fale um pouquinho sobre como começou a sua relação com a música.
Carol: Então, desde novinha sempre gostei de música. Fiz sapateado e também pratiquei dança e sempre estive envolvida nesse meio, além de frequentar festas. Quando a pandemia começou, meu padrasto mencionou que ia comprar alguns instrumentos musicais e brincou sobre eu me tornar uma DJ, mas na verdade ele falou em comprar um curso. Isso ficou martelando na minha cabeça. Então, decidi que queria mesmo ser DJ. Porém, durante a pandemia, ficou difícil adquirir equipamentos e também fazer o curso. Acabei deixando para lá. Depois, quando a pandemia passou, nem me lembrava mais disso. Eu estava trabalhando e um dia parei e pensei: “Não, eu quero ser DJ de verdade.” Todos os meus amigos estavam começando a se interessar por isso, e eu tinha um amigo que possuía um bar. Um dia, enquanto estávamos viajando, eles ficaram brincando e tocando, e eu pensei que queria aprender de verdade, mas sabia que não seria possível naquela viagem. Então, quando voltamos, chamei meu amigo e disse que queria aprender. Fui até o bar e comecei a aprender. Eu ia lá todos os dias, das 19h até às 11h30, praticando e tocando.
Kléber: Hoje você trabalha apenas como DJ, certo? Antes de se tornar DJ, você já teve outra profissão, trabalhou em outras área?
Carol: Sim, já trabalhei. Passei por uma empresa de marketing e também pelo sindicato. Acho que este último foi meu último emprego antes de me dedicar à música. Fiquei lá por cerca de um ano e meio.
Kléber: Como foi essa transição para você, saindo do sindicato e de repente entrando no mundo da música?
Carol: Eu trabalhava mais por necessidade, né? Então, eu trabalhava e ia para a faculdade, mas não gostava. Eu acordava cedo e passava o dia todo, das 8h às 17h, sentada lá. Não era algo que eu gostava.
Kléber: E hoje, como funciona? Você mesma escolhe as suas músicas? Como você prepara o seu set?
Carol: Sim, eu que escolho. Eu preparo antes em casa, né? Eu vejo muito TikTok para saber o que o pessoal está ouvindo no momento. Além disso, vou a muitas festas e vejo o que está sendo tocado nelas. Também sigo muitos DJs e me inspiro neles. É isso, eu monto o meu set em casa.
Kléber: Carol, conta pra gente, quando você decidiu entrar na música e ser DJ, e começou a se aventurar, teve algum preconceito, especialmente por você ser mulher?
Carol: Por ser mulher, não houve preconceito diretamente, mas muitas pessoas duvidaram. Tipo, “Ah, Carol, você DJ? Não consigo te imaginar fazendo isso, não vai dar certo.” Era mais uma brincadeira, amigos próximos zoando, sabe? Mas é complicado, especialmente quando você precisa de apoio. Muita gente não apoiou, e aí é onde você precisa fazer escolhas, né? Eu sei que não era para ser assim. Às vezes, as pessoas falavam isso para mim, outras vezes falavam para terceiros, mas eu nunca me importei.
Kléber: E hoje, você está na faculdade. Como você consegue lidar com isso? Porque você estuda à noite e tem os shows também à noite. Como você consegue fazer essa junção e dividir bem o estudo e o trabalho?
Carol: Os shows geralmente são aos finais de semana, né? E costumam ser durante a madrugada, a partir da meia-noite. Já a faculdade, geralmente termina por volta das 9h30 ou 22h, então consigo conciliar os horários.
Kléber: E olha que legal, pessoal, ela está cursando Nutrição. Que diferença, não é mesmo? Já passou por marketing, sindicato, nutrição, um pouquinho de cada área, e agora está na música, né?
Carol: Eu sempre gostei de marketing e também tenho interesse em Nutrição, mas a música é realmente o que eu mais gosto. Sempre foi minha paixão.
Kléber: Muitas pessoas pensam que é necessário fazer um curso para ser DJ. Como funciona isso? O público que está nos assistindo em casa gosta de música, mas tem receio, como podemos orientá-los para quem quer ser DJ?
Carol: Bem, é importante aprender da maneira correta, onde um professor pode te guiar e explicar os fundamentos. No meu caso, foi como se eu tivesse feito um curso com meu amigo. Ele passou mais de uma semana comigo, ensinando e tirando todas as minhas dúvidas. Depois disso, continuei frequentando o bar onde ele tocava por cerca de um mês, sempre aprendendo mais. Além disso, eu também buscava vídeos no YouTube para aprender. Quando finalmente comprei meu próprio equipamento, pude progredir ainda mais, pois fui aprendendo na prática.
Kléber: Dá para ganhar bem na vida como DJ? Claro que vemos grandes nomes hoje em dia, especialmente o Alok, que representa o Brasil em outros países e ganha uma fortuna. Mas para um DJ que está iniciando a carreira, é possível dizer que se ganha bem e dá para se sustentar?
Carol: Para mim, hoje em dia, graças a Deus deu certo. Não preciso mais trabalhar em outra coisa além de ser DJ, e estou conseguindo me sustentar. Quando comecei, era tudo por conta própria, eu mesma fechava as datas e organizava tudo. Mas agora tenho uma agência, a BU, que cuida de tudo para mim. Eles fecham as datas, cuidam de todos os detalhes, e eu apenas recebo as informações e me preparo para os shows.
Kléber: Carol, tem alguém que te inspira na música, seja no funk, no sertanejo, ou em qualquer outro estilo, que te inspire na sua carreira?
Carol: Sim, a MC Mirella me inspira desde que eu era mais nova. Apesar de não ser DJ, ela está presente nesse meio e enfrentou muitos desafios, especialmente por ser mulher. Ela me inspira bastante, e agora a cena DJ está em alta.
Assista a entrevista completa no nosso canal do Youtube:
Kléber: Você tem o apoio dos seus pais? Seu pai e sua mãe te apoiam nessa carreira?
Carol: Meu pai é super presente e sempre me apoia. Sempre que pode, ele vai comigo nos eventos, me filma, me dá conselhos e até sugestões para melhorar. Ele fica bravo quando eu não sigo suas sugestões, pois acredita no meu potencial. Meu padrasto e minha madrasta também me apoiam, assim como minha mãe.